Arqueólogos egípcios descobriram uma pirâmide construída no         deserto e que pertenceria à mãe de um faraó no poder mais de         4.000 anos atrás, disse na terça-feira (11) o chefe do         Departamento de Antiguidades do país.
        A pirâmide, encontrada há cerca de dois meses em um areal         localizado ao sul do Cairo, guardava provavelmente os restos         mortais da rainha Sesheshet, mãe do rei Teti, que governou de         2323 a.C. a 2291 a.C. e que fundou a Sexta Dinastia do Egito,         afirmou Zahi Hawass.
                         
         Arqueólogos trabalham próximo à base da             pirâmide recém-descoberta em Saqqara, no Egito, nesta             terça-feira (11). (Foto: AP)
                         "A única rainha cuja pirâmide não havia sido encontrada é         Sesheshet, e é por isso que tenho certeza de que essa pirâmide         pertencia a ela", disse a autoridade. "Isso         enriquecerá o nosso conhecimento a respeito do Antigo Reinado."
          A Sexta Dinastia, uma época de conflitos dentro da família real         do Egito e de erosão do poder centralizado, é considerada a         última dinastia do Antigo Reinado, depois do qual a região         passou por um período de falta de alimentos e de instabilidade social.
          Arqueólogos haviam descoberto antes, perto dali, as pirâmides         pertencentes a duas das mulheres do rei, mas nunca tinham         encontrado uma tumba pertencente a Sesheshet.
          A construção sem topo, de 5 metros de altura, chegava         originalmente a 14 metros, com laterais de 22 metros de         comprimento, afirmou Hawass.
          A pirâmide, que seria a 118a a ser encontrada no Egito, segundo         Hawass, havia sido escavada perto da pirâmide mais antiga do         mundo, em Saqqara, uma área tumular para os antigos imperadores         da região.
          "Essa pode ser a mais completa pirâmide subsidiária a ser         encontrada em Saqqara", afirmou Hawass.
          O monumento seria originalmente recoberto por pedras calcárias         trazidas de uma mina a céu aberto existente em Tura, nas         cercanias de Saqqara, disse a autoridade.
          Os arqueólogos pretendem entrar na câmara sepulcral da pirâmide         dentro de duas semanas. A maior parte dos objetos presentes ali,         no entanto, já deve ter sido roubada, afirmou Hawass.
          Alguns artefatos, entre os quais uma estátua de madeira do antigo         deus egípcio Anúbis e figuras funerárias de datas posteriores,         indicam que o cemitério havia sido reutilizado na época romana,         disse a autoridade.
G1