Google

30 de maio de 2009

Em meio à crise com a Coreia do Norte, EUA enviam caças para o Japão

Na semana em que a Coreia do Norte fez testes nucleares, os Estados Unidos decidiram reforçar a sua presença no Pacífico com o envio de 12 caças F-22 Raptors ao Japão.
Os primeiros aviões militares, que decolaram do estado americano da Virgínia, chegaram nesse sábado (30) à base aérea de Kadena, na província japonesa de Okinawa

O envio dos caças supersônicos acontece em meio à escalada de tensão na região, onde a Coreia do Norte lançou vários mísseis nas últimas semanas.
Segundo fontes do Departamento de Defesa, os aviões que partiram em direção ao Japão fazem parte dos dois esquadrões que a Força Aérea americana montou nos últimos quatro meses com objetivo de reforçar a segurança no Pacífico Ocidental.

G1 conta a história:
Ameaça nuclear redefiniu as relações internacionais após a Segunda Guerra

A agência de notícias Reuters informou ainda que o envio dos aviões foram acertados após uma conversa telefônica entre o presidente dos Estados Unidos Barack Obama e o premiê japonês Taro Aso.


Aviões F-22 Raptor chegam à base de Okinawa, no Japão (Foto: Yuriko Nakao/Reuters)


Mais cedo, ainda nesse sábado, em Cingapura, o secretário de Defesa americano, Robert Gates, afirmou que os EUA responderão "rapidamente" se as ambições nucleares da Coreia do Norte ameaçarem o país ou seus aliados na Ásia.
"Não ficaremos parados" enquanto a Coreia do Norte desenvolve capacidade para semear a destruição, disse Gates numa conferência asiática sobre segurança.

Rússia engrossa lista
Após a China pedir cabeça fria nas decisões, o presidente da Rússia, Dmitri Medvedev, e o primeiro-ministro do Japão disseram neste sábado (30) que os testes nucleares da Coreia do Norte exigem "a mais séria reação".
A declaração dos dois líderes aparece na nota da assessoria de imprensa do Kremlin que resume a conversa telefônica que ambos tiveram nesse sábado por iniciativa do premiê japonês.

"As partes foram unânimes na necessidade de reagir da maneira mais séria a essas ações (norte-coreanas), que representam um desafio ao sistema de segurança internacional", diz o comunicado.
Os dois líderes também se dispuseram a "coordenar a elaboração das medidas adequadas à situação criada e orientadas à sua solução, as quais serão incorporadas à nova resolução do Conselho de Segurança" da ONU, informou o Kremlin.

Aso e Medvedev conversaram ainda sobre temas de interesse bilateral. Neste contexto, o presidente russo ressaltou a importância de ambos "se absterem de fazer declarações públicas sobre os problemas espinhosos" nas relações entre os dois países.
O premiê japonês, segundo o Kremlin, "acolheu com compreensão" esta observação de seu interlocutor.

Do G1, com agências

26 de maio de 2009

Após teste nuclear da Coreia do Norte, Hiroshima 'resseta' relógio da paz

Koichiro Maeda, diretor do Museu Memorial de Hiroshima, reseta o 'relógio da paz' nuclear nesta terça-feira (26) na cidade japonesa. (Foto: AFP)


A cidade japonesa de Hiroshima interrompeu nesta terça-feira (26) o relógio da paz, que mede a quantidade de dias sem testes nucleares no mundo, após o realizado nesta segunda-feira pela Coreia do Norte , informou a agência local Kyodo.

Esta foi a 12ª vez que o relógio foi interrompido, desde que começou a funcionar em 2001 em Hiroshima, que em 1945 se transformou, junto com Nagasaki, três dias mais tarde, nas únicas cidades bombardeadas com uma bomba atômica.

Tinham se passado 960 dias desde a última vez que o Relógio da Paz foi interrompido, na última ocasião também foi por causa de um teste nuclear norte-coreano, o primeiro realizado pelo regime comunista, em 9 de outubro de 2006. O período de 960 dias foi o mais longo sem um registro de testes nucleares desde a instalação desse contador, idealizado por um grupo pacifista como símbolo de denúncia a esse tipo de armamento.

fonte: G1