A OMS (Organização Mundial de Saúde) confirmou nesta sexta-feira que o vírus da gripe suína, denominado oficialmente A (H1N1), já matou quase 800 pessoas em todo o mundo. A nova gripe já foi registrada em 160 países, confirmou o porta-voz da organização, Gregory Hartl.
"Se for levado em conta que a propagação do vírus alcança 160 dos 193 países membros da OMS, nos aproximamos dos 100%", declarou Hartl à imprensa. "No que se refere aos mortos, acredito que estamos agora perto dos 800", acrescentou.
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Segundo dados do Ministério de Saúde, o Brasil tem 1.536 casos confirmados da doença. O número de mortes no país subiu nesta quinta-feira para 34 --16 no Rio Grande do Sul, 12 em São Paulo, 5 no Rio e 1 no Paraná.
Hartl disse que os cientistas da OMS "não observaram, por enquanto, nenhuma mudança no comportamento do vírus". O principal problema, afirmou, é sua rápida propagação geográfica e, em certos países, sua concentração em grupos específicos.
O maior número de casos continua sendo entre adolescentes e jovens. Por enquanto, não há uma explicação científica para isso, embora haja suposições de que os primeiros focos ocorreram em estabelecimentos de ensino e, nesses ambientes, o contágio é mais fácil.
A organização recomendou que os países parem de fazer exames de laboratório em todos os suspeitos de ter contraído o vírus, em vista das proporções da propagação da doença, e que concentrem seus recursos na contenção da pandemia e no tratamento dos doentes com sintomas graves.
Além disso, os países devem continuar informando sobre cada morte devido ao vírus A (H1N1) confirmada em laboratório.
"Infelizmente, é normal que quanto mais casos, mais mortes ocorram", disse Hartl.
O novo vírus (H1N1) foi detectado pela primeira vez no fim de março no México. A OMS declarou estado de pandemia em 11 de junho passado, ressaltando que o alerta deve-se à rápida propagação e não à letalidade do vírus --que é, em média, de 0,5%.
A OMS desistiu na semana passada de contabilizar todos os casos de gripe suína no mundo pela velocidade sem precedentes da transmissão e os altos custos do processo.
Sintomas
A gripe suína é uma doença respiratória causada pelo vírus influenza A, chamado de H1N1. Ele é transmitido de pessoa para pessoa e tem sintomas semelhantes aos da gripe comum, com febre superior a 38ºC, tosse, dor de cabeça intensa, dores musculares e articulações, irritação dos olhos e fluxo nasal.
Para diagnosticar a infecção, uma amostra respiratória precisa ser coletada nos quatro ou cinco primeiros dias da doença, quando a pessoa infectada espalha vírus, e examinadas em laboratório. Os antigripais Tamiflu e Relenza, já utilizados contra a gripe aviária, são eficazes contra o vírus H1N1, segundo testes laboratoriais, e parecem ter dado resultado prático, de acordo com o CDC (Centros de Controle de Doenças dos Estados Unidos).
Com Efe e France Presse
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