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8 de outubro de 2010

Tremor de magnitude 4,6 atinge Brasília e Goiás

O Observatório de Sismologia da Universidade de Brasília registrou um  tremor de terra nesta sexta-feira (8) na divisa entre Goiás e Tocantins. Segundo o diretor do observatório, George Sand, o tremor foi sentido também no Distrito Federal. Segundo a UnB, o tremor teria ocorrido na região de cidade de Mara Rosa, em Goiás.
Segundo o sismólogo, dados preliminares mostram que o tremor teve magnitude de 4.6 na escala Richter. Houve dois tremores sequenciais registrados, por volta das 17h. Ainda segundo o diretor do observatório, há chances de acontecer novos tremores nesta sexta e durante o feriado.
“É normal que toda atividade sísmica tenha novos tremores. Esperamos que não sejam maiores do que esse que já aconteceu porque o nível registrado é relativamente alto para nosso padrões”, afirmou o sismólogo. O observatório da UnB ainda estuda as explicações do evento.

O serviço de pesquisa geológica norte-americano (U.S. Geologic Survey) registrou o tremor em sua página na internet. De acordo com o órgão, o abalo teve magnitude 5 e teria ocorrido a uma profundidade de 14,8 quilômetros na divisa entre Tocantins e Goiás.
Por volta das 17h15, moradores de Brasília relataram casos de tremores em prédios. Os tremores foram sentidos nas regiões da Asa Norte, do setor Sudoeste, Lago Norte e Setor Comercial Sul. O assunto foi registrado no microblog Twitter por moradores da cidade.

O Corpo de Bombeiros de Brasília registrou nais de 200 ligações devido ao tremor. Segundo o tenente Xavier Fernandes, ainda havia pessoas ligando uma hora depois dom tremor. Até as 18h20, os Bombeiros não registraram caso de abalos em estruturas. A recomendação é que, caso haja outro tremor, as pessoas deixem suas casas e prédios e evitem usar elevadores.

"Os livros na estante tremeram, os móveis, a cama também. Mas foi bem rápido, cinco segundos, talvez menos. Não deu tempo de ficar apavorado", afirmou o arquiteto Marcelo Sávio, morador da Asa Sul, em Brasília.

A estagiária do Ministério do Desenvolvimento Social Samara Correia, que trabalha no 5º andar do prédio, disse que sentiu o tremor. "Foi bem leve, mas como costuma não ter nenhum tremor [em Brasília], a gente estranhou. Foi só o chão tremendo, nada muito forte. Nem todo mundo sentiu. Eu mesma fiquei na dúvida. As pessoas se olharam perguntando: 'você sentiu?'"

O empresário Kdu Peixoto trabalhava em seu escritório na Asa Norte, em Brasília, quando sentiu o tremor. "Tremeu como se aqui embaixo passasse uma linha de trem. Eu coloquei a mão na mesa e senti, durou uns 8 ou 10 segundos", disse.
No Tribunal de Justiça do Distrito Federal e no Tribunal Superior Eleitoral, os funcionários também sentiram o tremor. O presidente em exercício do Tribunal de Justiça do DF, Lecir Manoel da Luz, determinou, pouco antes das 18h, que o prédio do tribunal fosse esvaziado.

No Tribunal Superior Eleitoral (TSE), após o tremor, houve orientação da Defesa Civil para que os servidores deixassem o local para que fosse verificada a estrutura do prédio. Depois de liberada a sede do tribunal, os funcionários puderam retornar ao trabalho.

A assessoria de imprensa do Ministério das Cidades, no Setor de Autarquias Sul, em Brasília, informou ao G1 que o prédio foi quase todo esvaziado. Os funcionários da assessoria, que fica no térreo do edifício, não sentiram o tremor, mas os servidores que trabalham em andares superiores ficaram assustados e começaram a deixar o edifício.

No Palácio do Planalto, os bombeiros destrancaram as portas de emergência para permitir uma eventual saída de pessoas em caso de novos tremores. A central dos bombeiros na sede oficial da Presidência informou que a medida é um "procedimento padrão" e que estava avaliando a necessidade de outras medidas. Funcionários do Planalto disseram não ter sentido o tremor.

Do G1, em Brasília

7 de outubro de 2010

Lama tóxica que vazou na Hungria atinge o Rio Danúbio, diz governo

Soldados trabalham em área enlameada da cidade húngara de Devecser nesta quinta-feira (7). (Foto: AP)


A maré de lama vermelha tóxica que vazou de uma fábrica de alumínio no oeste da Hungria atingiu o Rio Danúbio nesta quinta-feira (7), afirmou um porta-voz dos serviços de emergência, citado pela agência MTI.
Tibor Dobson, o porta-voz, disse que não havia relatos sobre mortes de peixes nos rios Raba e Mosoni, que já haviam sido atingidos pelo material antes. No Rio Marcal, todos os peixes morreram.
Mais cedo, ele disse que as equipes estavam tentando reduzir a alcalinidade do vazamento.

Segundo Dobson, as equipes estão se empenhando para reduzir o conteúdo alcalino do resíduo, cujo pH ainda estava em torno de 9 quando alcançou o rio Raba, por volta de 3h30 (00h30 em Brasília), e o Mosoni, um tributário do rio Danúbio, às 7h30 locais. O nível normal, que não causa danos, deveria ficar entre 6 e 8.
A bacia principal do Danúbio fica a cerca de 20 quilômetros do ponto onde a poluição atingiu o Mosoni-Danúbio.

Marcal
Todo o ecossistema do rio húngaro Marcal foi devastado pela contaminação, disse Dobson.
"Todo o ecossistema do rio Marcal foi destruído, porque o nível de alcalinidade muito elevado matou tudo", declarou Dobson à agência de notícias MTI.
"Todos os peixes morreram e a vegetação também não pode ser salva", completou.
O lodo vazou na segunda-feira de um reservatório de uma indústria de alumínio.

A poluição dos rios ameaça o meio ambiente da região, três dias depois que uma torrente de lodo tóxico irrompeu em vilarejos húngaros, matando quatro pessoas e ferindo 120. Ainda há três desaparecidos.
O acidente forçou o governo a decretar estado de emergência nos condados de Veszprem, Gyor-Moson-Sopron e Vas.

As aldeias de Kolontár e Devecser foram afetadas pela catástrofe e mais de 400 pessoas foram retiradas dessas áreas.


Do G1, com agências internacionais