Google

7 de agosto de 2008

Filial brasileira do Google vai assumir controle mundial do Orkut


O processo já teve início e, no período de dois meses, o Google deve concluir a transferência do controle mundial do Orkut para a filial brasileira. Na prática, nada mudará para os internautas cadastrados no site de relacionamentos. Mas a empresa vê como vantajoso o fato de a rede social ser comandada diretamente no país onde o serviço tem o índice mais alto de adesão: dos 60 milhões de usuários, 54% dizem ser brasileiros.


Segundo Félix Ximenes, diretor de comunicação do Google Brasil, essa transferência é resultado da popularidade local do serviço e também da maturidade do time no país. A parte de engenharia continuará sendo dividida com a filial indiana, mas o controle geral do produto será exclusivo dos funcionários do Google local. Por aqui, a companhia tem dois escritórios: um em São Paulo e um em Belo Horizonte, onde funciona o centro de engenharia.


Essa não é a primeira vez que a empresa baseada nos Estados Unidos transfere para outro país o controle de um produto. Ximenes exemplifica, dizendo que o gerenciamento da ferramenta de mapas é dividido entre Austrália e Alemanha. Outra mudança anunciada pela empresa é o fato de Alexandre Hohagen, diretor-presidente do Google Brasil, ter sido apontado como próximo diretor da América Latina.


Com isso, a filial brasileira terá de encontrar um substituto para o executivo, que assumiu o controle das operações no país quando a empresa abriu seu escritório em São Paulo, em 2005. Hohagen passará a responder pelas filiais do Brasil, Argentina, México, Chile e Colômbia.


Denúncias
Em julho, Hohagen assinou um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) entre a empresa e o Ministério Público Federal em São Paulo (MPF-SP). Por meio do termo, a empresa se comprometeu a adotar várias práticas contra a pedofilia no site de relacionamento Orkut. A parceria visa colocar fim a uma batalha entre Justiça brasileira e Google, que já durava alguns anos. A empresa era acusada de se recusar a fornecer informações sobre usuários da rede social, dificultando assim as investigações relacionadas ao crime de pedofilia.

Além de adotar um filtro de imagens, que segundo a companhia reduz as imagens de pedofilia em 70%, a empresa alterou o prazo de armazenamento dos registros de acesso dos usuários brasileiros (de 30 dias para seis meses) e implementou uma solução para melhorar o processo de entrega de evidências de supostos crimes às autoridades.


G1

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