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2 de maio de 2010

Governador classifica episódio de carro-bomba como 'ato terrorista'

Parte da Times Square foi esvaziada às pressas na noite deste sábado (1º), enquanto esquadrão antibombas trabalhava no local para inspecionar veículo suspeito (Foto: Cary Horowitz/Reuters)

Após a polícia de Nova York ter informado que a bomba encontrada dentro de uma van na região da Times Square havia sido desativada, o governador do Estado de Nova York, David Paterson, qualificou neste domingo (2) o episódio de "ato terrorista", e prometeu punir os responsáveis.

"Felizmente, ninguém ficou ferido e agora a cidade, o Estado e a polícia federal vão se mobilizar para levar ante a justiça aquele ou aqueles responsáveis pela ação", escreveu o governador em nota, após agradecer os que ajudaram a descobrir o veículo.

De acordo com o site do jornal New York Times, a maior parte das ruas que haviam sido interditadas no entorno da Times Square foram liberadas por volta das 5h15 da manhã (6h15 de Brasília) deste domingo. O tráfego na Rua 45 foi reaberto às 7h30 locais, cerca de 1h30 depois da van ter sido retirada do local.

A secretária americana de Segurança Interior, Janet Napolitano, considerou neste domingo, em entrevista ao canal ABC, que a tentativa de atentado foi "um ato isolado".

Em entrevista coletiva dada no local no começo da madrugada, o prefeito da cidade, Michael Bloomberg, afirmou que a bomba colocada na van estacionada entre a Rua 45 e a 7ª Avenida aparentemente foi feita de "maneira amadora". Uma explosão, no entanto, poderia ser fatal, e a polícia evitou uma tragédia, disse o prefeito.

"Poderia ter sido um evento bastante mortal. Não temos ideia de quem fez isso e por quê", afirmou Bloomberg, ressaltando que a polícia trabalhará para identificar os responsáveis pelo carro-bomba. Imagens de câmeras de segurança foram analisadas, mas nenhum suspeito foi apontado.Outras câmeras serão verificadas.

O prefeito contou ainda que um vendedor que trabalha na região avisou a polícia por volta das 18h30 locais (19h30 no horário de Brasília), depois de ver fumaça saindo do veículo. O fato de que a placa não coincidia com o modelo do automóvel fez com que a polícia evacuasse e isolasse imediatamente o perímetro entre as ruas 42 e 47.

O chefe do Departamento de Polícia de Nova York, Raymond Kelly, detalhou na mesma entrevista coletiva de Bloomberg que no interior do veículo havia cilindros de gás propano e galões de gasolina, assim como fogos de artifício de consumo doméstico, dois relógios, cabos e outros materiais, e qualificou a bomba de "improvisada".

Por volta da meia-noite no horário local, o porta-voz do Departamento de Polícia de Nova York Paul Browne havia confirmado que se tratava de um carro-bomba. O esquadrão antibombas trabalhou durante toda a noite para desarmar o artefato e procurar outros explosivos na região. Robôs foram usados na operação.

Segundo Browne, o carro suspeito soltava fumaça e um bombeiro viu um clarão de luz em seu interior. De acordo com a Reuters, um bombeiro teria presenciado uma "miniexplosão" no interior do carro uma hora e meia antes da interdição da rua.

– que abriga o famoso circuito de musicais da Broadway – foram instruídos a permanecer no interior dos locais ou deixar a área. No entanto, apenas policiais e bombeiros puderam entrar no perímetro isolado, por volta das 21h locais (20h em Brasília).

No começo da madrugada, o presidente Barack Obama elogiou a "rápida ação" da polícia no caso. Um comunicado emitido pela Casa Branca disse que o Departamento de Polícia de Nova York havia feito um "trabalho excelente", em resposta ao incidente.
O documento diz ainda que o governo federal está disposto a oferecer ajuda para a investigação do caso.

Do G1, com agências internacionais*

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