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15 de setembro de 2007

Degelo

Degelo leva à abertura de rota marítima no Ártico

Imagens capturadas por satélite mostram nova passagem entre Europa e Ásia. Degelo alcançou níveis recordes desde 1978.
Imagem do estreito de McClure, capturada em 31 de agosto de 2007 (Foto: AFP)
O degelo causado pelo aquecimento climático tornou navegável pela primeira vez a chamada rota do noroeste, que liga os oceanos Atlântico e Pacífico através do Pólo Norte, segundo observações feitas pelos satélites da Agência Espacial Européia (ESA). As observações espaciais da massa polar, iniciadas há quase 30 anos, nunca tinham registrado que a rota do noroeste - até então congelada - estivesse aberta para a navegação. As imagens enviadas pelo satélite Envisat da ESA permitiram agora constatar que a redução da massa de gelo no Pólo Norte, ligada ao aquecimento climático, já torna essa passagem navegável. Os analistas da ESA destacam a rapidez do degelo nos últimos dez anos e lembram que os especialistas da ONU em mudança climática previram que, pelo ritmo atual, o gelo do oceano Ártico se derreteria completamente até 2070. A observação espacial também permitiu detectar que a rota do nordeste, que margeia a costa da Sibéria, ainda está bloqueada, mas com uma massa de gelo muito inferior à de anos anteriores. Diante da evolução do degelo, os especialistas acreditam que a passagem do nordeste poderá se abrir antes do calculado inicialmente. Até agora, a menor massa de gelo do Pólo Norte tinha sido registrada em 2005, mas então não tinha sido observada a abertura da passagem do noroeste. Desde 1978, a ESA observa a massa de gelo dos pólos, difícil de calcular sobre a superfície da Terra, mas possível graças às imagens enviadas pelos satélites. Em 2009, a agência européia lançará o CryoSat-2, destinado à observação da criosfera, parte da crosta terrestre na qual se forma o gelo.
G1.globo

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