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23 de setembro de 2007

Será o fim ??



Os sinais começam a avolumar-se: lenta e silenciosamente a lendária rede de compartilhamento de arquivos eDonkey/eMule está a desaparecer. Depois dos seis grandes servidores DonkeyServer terem deixado de funcionar surgem agora mais notícias de que outras 12 máquinas da rede estão fora do ar há mais de duas semanas.
De acordo com o blog ShareConnector (via Slyck), a BREIN, uma organização holandesa de combate à pirataria, conseguiu encerrar os 12 servidores BigBang, depois do fornecedor de alojamento ter recebido uma intimação daquela entidade. Segundo a BREIN os administradores destas máquinas facilitavam e disponibilizavam conteúdos ilegais a troco de dinheiro. Esta informação é porém muito duvidosa uma vez que a comunidade P2P tem por hábito evitar todo o tipo de serviços comerciais.
Como se pode verificar nesta lista do site Gruk.org, os seis servidores DonkeyServer continuam também em baixo. Dos 39 servidores referenciados na lista, 15 - os sublinhados a rosa - encontram-se indisponíveis. Neste grupo encontram-se também os Byte Devils.
De momento, não se sabe se os problemas são temporários ou se se trata de uma medida de precaução de modo a levar os utilizadores a passarem para a rede descentralizada Kademlia (Kad). É de qualquer das formas aconselhado deixar de utilizar os servidores para efectuar pesquisas a partir de aplicações como eMule e aMule.
Seja como for, este é um duro golpe para a rede eDonkey/eMule uma vez que muitos membros da comunidade sempre se queixaram da dificuldade em aceder e pesquisar através da Kad. A acrescentar a isto existe o fato de que a Kademlia nunca foi uma rede muito rápida. Esta é pois mais uma prova de que o futuro do P2P passa pelo recurso a redes descentralizadas. E em face da crescente perseguição mundial dos detentores de direitos a todo o tipo de sites e trackers de BitTorrent, será talvez seja a altura ideal de repensar a necessidade de encontrar soluções alternativas que conciliem a rapidez do tráfego com a segurança e fiabilidade desejadas de uma rede de partilha de ficheiros. De outro modo, entidades como IFPI, RIAA e MPAA poderão aproveitar-se desse “calcanhar de Aquiles” para acabar com o compartilhamento de arquivos.

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